Shazam: Um filme muito bom e é isso.
De uma coisa é certa David F. Sandberg acertou em muitas coisas, ao ponto de que é complicado e até mesmo injusto apontar qualquer ponto negativo do longa, recheado de referências (uma inclusive que me deixou extremamente triste) e digno de ser um filme verdadeiramente para a família.
Nosso primeiro contato com qualquer blockbuster são seus trailers divulgados na internet e compartilhados quase ao ponto de se tornarem virais e ao assistir o filme temos a grata constatação de que os trailers de Shazam divulgaram absolutamente nada do enredo do filme, mesmo assistindo os trailers o filme traz surpresas atrás de surpresas que não fazíamos ideia de que iriamos encarar no longa.
Agora ao tratar do longa em si, o título diz por si só… o filme é bom, ponto.
Todo o roteiro é amarrado de forma exemplar sem deixar pontas soltas e nem questionamentos que tirem o sono, em caráter técnico de fato não há falhas, a trilha sonora casa muito bem com o que é assistido e é bem aproveitada.
A história do filme é contada em um ritmo muito bom, nada de forma apressada e nem arrastada que trouxesse sensação de cansaço durante o longa, ele não se arrasta onde não tem que se arrastar e mantém o foco o tempo todo no que importa, mesmo havendo vários personagens com seus “micro” desenvolvimentos, o filme é satisfatório em relação a isso.
Uma coisa que me preocupava era que o filme dava a impressão e realmente contém bastante humor, nada muito escrachado, coisa que inclusive me surpreendeu e muitas piadas que poderiam até ser chamadas de infantis possuem uma boa justificativa: Estão sendo feitas por crianças.
Crianças, aliás, que roubam a cena, com destaque para Faithe C. Herman (Pequena Darla), que encanta o filme do início ao fim esbanjando carisma pelo longa e também vale lembrar que Jack Dylan Grazer (Freddy, melhor amigo de Billy/Shazam) faz jus ao maior salário entre os mirins e apresenta uma interação impecável tanto com o jovem Billy Batson quanto com o herói Shazam, transformando todas as cenas em algo muito natural de ser visto e acima de tudo divertido (fora o amor do personagem pelos heróis já apresentados no universo).
Fugindo um pouco das crianças e indo direto para Mark Strong (Dr. Silvana), dispensa comentários prolongados, como de costume, faz um ótimo trabalho para um ótimo papel que lhe foi dado, sua interação, suas motivações e suas aparições são simplesmente satisfatórias de tão boas, não consigo enxergar um ponto negativo com o que foi realizado com e pelo ator.
Antes de encerrar, falta apenas citarmos Asher Angel (jovem Billy) e Zachary Levi (Billy como Shazam), os dois basicamente desenvolvem o mesmo personagem durante toda a trama que com um trabalho tão bom, chega-se ao ponto de se ao imergir no filme você acaba esquecendo que são dois atores completamente diferentes e entra no espirito de que um é a versão maior/menor do outro, tornando as transformações algo tão natural que além de agradável é extremamente confortante para os olhos, os dois fizeram um trabalho sensacional durante o longa e não poderiam ter se saído melhores, de fato, Sandberg acertou em cheio na escolha dos personagens.
Shazam é um filme surpreendentemente bom, não por ser um filme revolucionário que fará você reassisti-lo várias e várias vezes mas que naquela tarde de domingo em que você estiver procurando um filme para ver pensará “Quer saber? Vou ver Shazam de novo”, recheado de ação e momentos engraçados é um filme de família para a família, vale a pena conferir e dar essa moral para o trabalho maravilhoso que foi realizado.
O filme tem a estreia marcada para dia 04 de Abril e a compra dos ingressos já pode ser realizada nas maiores redes de cinema do Brasil.