10 músicas para ouvir na quarentena do Corona Vírus (COVID-19)

10 músicas para ouvir na quarentena do Corona Vírus (COVID-19)

Olá, nutritivos leitores do Ideia Errada. Estamos aqui hoje (em quarentena obviamente) para compartilhar uma playlist com 10 músicas para ouvir na quarentena do Corona Vírus (COVID-19).
Se você habita o planeta terra e respira em 2020 provavelmente sabe o que é o coronga (por que o brasileiro já apelidou a doença?) e aqui não é o Bem-Estar com Michelle Loreto. Abaixo darei motivos questionáveis para minha escolha cirúrgica de cada canção. (Lembrando que não tem ordem de melhor ou pior, enfim, divirtam-se!)


Olá gente, bora lavar as mãos viu?

 

Touch me i’m sick – Mudhoney

O maior hit da banda de Seattle, o grunge raiz dos anos 80 (pois é amigos, no final da década dos anos rebeldes as guitarras barulhentas já ecoavam na terra de Jimi Hendrix). A canção “Touch Me I’m Sick” (que no caso do coronga deveria ser NO Touch Me, I’m Sick) foi lançada em 1988 como single, tem guitarras sujas, vocais desesperados, bateria e baixo frenéticos e uma letra sarcástica de ódio próprio, angústia e até sexo, pedindo pra infectar as pessoas. Mas ainda bem que Mark Arm é o mestre do sarcasmo e não vamos seguir ao pé da letra. Bora se proteger!

U Can’t Touch This – MC Hammer

Na sequência vem a música do maior one-hit wonder (junto com Vanilla Ice taokey?), com seu refrão extremamente pegajoso e impossível de não querer dançar seja lá onde você estiver. Provavelmente você conhece este som, lançado a 30 FUCKIN ANOS PQP TO IDOSO em 1990. Deixando claro que você não pode tocar nas coisas, que precisa manter sua higiene pessoal e manter as mãos bem limpas.

WASH.
YOUR.
HANDS!


A DANCINHA MAIS ICÔNICA DOS ANOS 90

O Dia em que a terra parou – Raul Seixas

Pois é Raulzito, o seu sonho de sonhador (MALUCO QUE SOU, EU SONHEI ~leia cantando essa parte) virou em partes, realidade. Campeonatos esportivos parados, grandes (e até pequenos agora) shows cancelados e reagendados, shoppings e academias fechando, Ambev parando de fazer cerveja (como diz a Fresno aqui, uma lagrima rolou do meu peito ao perceber). Antes de ser o hit que conhecemos, por incrível que pareça, a canção foi um fracasso de vendas na época de seu lançamento, a música era o carro chefe do álbum homônimo de 1977. O que pegou foi que a imagem de Raul de terno e cabelo curto não tinha a ver com o Maluco Beleza (que é desse disco, que ironia não?!). Mas voltando pra história da pandemia que vivemos hoje (março de 2020, pra quem ta lendo isso no futuro), a canção descreve bem o dia em que todas as pessoas do planeta inteiro resolveram que ninguém ia sair de casa, como se fosse combinado. Pois é Raulzito, aconteceu.

Fever – The Black Keys

O duo estado-unidense de Ohio com a sua faixa chamada Fever (Febre) lançada em 2014, foi a febre do momento (ba dum tss) com outro hit em 2011 chamado Lonely Boy (talvez todo mundo esteja se sentindo meio “lonely-boy” nessa quarentena também haha). Mas nessa ele vem uma batidinha indie clássica e uma levada de baixo envolvente (estranho para uma dupla de guitarra-bateria). Se você sentir febre parecida com a da canção somada a falta de ar e tosse seca, procure fazer o teste. Só não saia loucão para os hospitais para infectar os veio nos leitos (a não ser que você seja veio, ai você ta ferrado mesmo).

Them Bones – Alice in Chains

AAAAAAAAAA
A música de abertura do álbum Dirt (Sujo, aquilo que não deve estar sua mão, vá lavar!), lançado em 1992, tem uma das letras mais mórbidas e tristes de toda banda (e olha que o AiC é depressong atrás de depressong), rock angustiante, ápice do grunge, niilismo e dor. Tem algo mais a ver com COVID-19 do que Them Bones? Enfim, para não acordar numa grande pilha velha de ossos, se cuide e fique longe das pessoas com alto grau de risco.

NESSE POST TEM BONÉS

Stay Away – Nirvana

Pelo o que vemos até aqui, é que a lista tem bastante representantes da cena de Seattle dos anos 90. A banda do roqueiro loiro (ficou bem texto da Capricho agora, ME CONTRATEM, o Leandro José me paga pouco) lançou o album da década com Nevermind (1991) e seu lado B Stay Away fala em seus refrões berrados e guitarras (desafinadas) agressivas o que devemos dizer pras pessoas se tivermos que sair na rua. Se caso o cidadão ou a cidadã não estiver a 1 metro de distância, grite a plenos pulmões. Mais dicas comportamentais cola comigo 😉

TA DE PARABÉNS ESSAS DICAS EIN


SAI PRA LÁ SUA SEBOSAH

School’s Out – Alice Copper

Pois bem Alice (que não está na corrente e nem no país das maravilhas), nós não temos escolhas (quero ver quem vai entender a referência).
Com a crise pandêmica, as escolas estão fechadas e nossos queridos pentelhos e abomináveis amados filhos estão em casa para tocar o terror a felicidade da família. O hit rebelde sem causa lançado em 1972, provavelmente é o maior sucesso de sua carreira. Rock clássico no melhor estilo, uma pérola perdida no tempo.

Toxicity – System of a Down

O clássico das baladas de rock de São Paulo, que todo DJ dedo nervoso toca nos rolês está presente na playlist da gripe chinesa.
O single leva o nome do disco e é um dos maiores sucessos da banda, que sempre tiveram letras críticas ao governo e a sociedade.
Com essa propagação do coronga, esperamos não ter muita desordem em nossa cidade tóxica.

It’s the End of the World As We Know It (I Feel Fine) – R.E.M.

A clássica banda com sotaque caipira americano e uma das maiores bandas (de todos os tempos pra esse escritor que vos fala) dos anos 80/90 voltou as paradas recentemente com seu icônico single “It’s the end of the world as we know it (and i feel fine)” (eita nome grande da preula), de vozes anasaladas ultra copiadas nos anos subsequentes a seu lançamento, virou trilha de filme, tocou até cansar nas rádios de rock e até hoje é impossível cantar essa letra quilométrica. Michael Stipe (vocalista) recentemente sabendo da repercussão lançou um vídeo falando sobre os cuidados com o coronga e principalmente para se informar com fontes confiáveis (nada de gargarejo com água, sal e vinagre pra tirar o vírus da garganta porque você viu no zapzap). Portanto, é o fim do mundo como o conhecemos, e se seguir as regras básicas, todos nós nos sentiremos bem.

The Rhythm of the Night – Corona

JESUS HUMILHA SATANÁS
Pronto, só isso que tem que saber
Corona voltou com tudo pro Brasil da Itália.


OBRIGADO FAUSTÃO DOS ANOS 90 POR ESSA PÉROLA

Bom, é isso, obrigado por ler essas groselhas até o final, acompanhem as notícias e siga as recomendações da sua cidade e estado. Fique em casa! Caso haja necessidade por trabalho de se locomover, mantenha-se longe de interações. É pelo bem de todos.

UM BEIJO (virtual) PRA TODOS VOCÊS QUE LERAM ATÉ AQUI, tomem banhos diários e lavem bem seus bacuraus, afinal higiene não é só lavar a mão.

Ulisses Avelino
Músico, Historiador, Compositor e Crítico nas horas vagas.

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