Lista Rubens Barrichello #01 – 19 Álbuns de 2019 que você precisa ouvir!

Lista Rubens Barrichello #01 – 19 Álbuns de 2019 que você precisa ouvir!

A Lista Rubens Barrichello de hoje orgulhosamente apresenta os 19 albuns de 2019 que você precisa ouvir e que por preguiça falta de tempo eu não fiz o Faixa a Faixa. Essa lista não tem ordem de melhor ou pior, está em ordem aleatória. São discos primordiais para entender o Rock/Pop/MPB/Hip-Hop nesse ano fatídico.


LEIAM COM CARINHO PELAMOR DE DEUS

 

Violet Soda – Violet Soda

A banda paulistana lançou seu debut em 2019 e já tinha um certo destaque pelos seus EPs Here We Go Again e Tangerine (ambos de 2018). Liderado por Karen Dió e seus companheiros Murilo Benites, Andre “Pindé” Dea e Tuti, a banda é a maior novidade do Rock Nacional, mesmo que cantando em inglês com seu resgate ao Alternativo/Grunge dos anos 90. Se fosse lançado na gringa nessa época com certeza estaria na mesma prateleira de um Garbage ou um L7.

Música: Charlie

Ponto Cego – Dead Fish

O incansável grupo capixaba (que agora só tem o seu vocalista oriundo da terra do Rei Roberto Carlos) vem com o disco mais furioso e mais soco na cara dos últimos tempos. Se o Vitória deixava nas entrelinhas certas pauladas políticas no governo, Ponto Cego é porradão na costela sem direito a massagem. Rápido, cru, urgente, agressivo e ainda sim acessível. Claras referências ao governo do Bolsonaro, construção do disco feito como se fosse um condomínio de classe média alta e seus respectivos defeitos e um disco acima da média.

Música: Sangue nas Mãos

Who – The Who

A sempre esquecida super banda, subestimado perto de Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple lança aos 49 do segundo tempo no ano de 2019 o seu 12º álbum, o primeiro em 13 anos. Sonoridade já conhecida, com boas harmonias vocais, Roger Daltrey e Pete Townshend lembrando os bons momentos de Who’s Next e Tommy. Vale a pena o resgate de uma das melhores bandas de todos os tempos. Porém, infelizmente, ficará ofuscado por ser lançado na reta final do ano.

Música: I Don’t Wanna Get Wise

Beneath the Eyrie – Pixies

Ah, o Rock Alternativo 80/90! Uma das bandas que mais amo desse período lançou um sr. disco. Com suas guitarras sujas, levada urbana, pegada atual com o mesmo vigor dos anos áureos, a banda que completa 34 anos em 2020 e está mega em forma. Riffs simples e geniais. Aquele rock que precisamos pela manhã para encararmos trânsito e transporte público lotado.

Música: On Graveyard Hill

Walk the Sky Alter Bridge

A banda mais pesada e menos valorizada do mainstream voltou! Talvez a galera tenha ranço do Creed com voz de batata e baladas pegajosas no começo dos anos 00 e não dê o devido valor a banda de Mark Tremonti (ex Creed) e o (E.T.) Myles Kennedy (eterno parceiro de Slash). Aqui é Metal moderno muito bem feito, ponto. Bom gosto nos riffs, bateria matadora e vocal sempre absurdo. Sério, dê uma atenção ao Alter Bridge.

Música: Native Son

We Are Not Your Kind – Slipknot

A banda que chocou os anos 00 com seu visual de máscaras e sua estética dentro e fora do palco como se tivesse saído de um filme de terror. Que colocou o Metal no mainstream, moveu toda uma geração vem com seu segundo álbum desde a morte de Paul Gray (baixista falecido em 2011). Um disco moderno (até demais), mas vale ouvir pela nostalgia. Não espere um novo Iowa ou um Vol.3, estamos em outro momento. Tem boas nuances e outras que poderiam ser deixadas de lado. Nova formação bem encaixada e Corey Taylor ainda em boa forma, tanto no vocal limpo quanto nos guturais.

Música: Nero Forte

When We All Fall Asleep, Where Do We Go Billie Ellish

A princesa da “sorturnice”. Pra quem ficou congelado nos últimos tempos e não sabe de quem estamos falando vai um resuminho: Mix de Amy Winehouse, Lily Allen, Twenty One Pilots, vozes sussurradas, bases extremamente graves e letras que falam diretamente com a geração dela. Estamos falando da maior novidade dos últimos anos em questão sonora e estética. O album internacional do ano, a ganhadora dos grammys… enfim! Se você tem mais de 25 anos e não entendeu Billie Ellish, relaxa! Você apenas está velho demais pra curtir, afinal ela dialoga com a juventude igual a Avril Lavigne dialogava nos anos 00, a Britney Spears nos 90 e a Cyndi Lauper nos anos rebeldes.

Música: bad guy (mas ouçam o disco inteiro)

Ladrão Djonga

O maior nome dessa nova safra do Rap vem de Minas Gerais, terra de Clube da Esquina. Mas como ele mesmo fala, todo lugar tem quebrada, tem preconceito, desigualdade social. E o geminiano Djonga acertou em cheio com suas rimas ásperas, agressivas, românticas (por que não?) e extremamente sinceras. Sério, eu fico até indignado de não ter feito um Faixa a Faixa desse grande disco.

Música: Leal

Violeta – Terno Rei

Olha, pessoalmente não era fã da banda. Mas vi tantos amigos comentando que fui ouvir esse novo álbum e entendi porque a galera fala tão bem dos caras. Guitarra com bastante chorus, bem rock anos 80/indie-modernoso-da Rua-Augusta-2011. Tem um toque de Husker Du. Vejo muitos hits que seriam bem aproveitados se fossem lançados a uns 20 anos atrás. Paguei com a língua com esse novo disco. É o tipo de banda que facilmente tocaria num Bem Brasil no Sesc Interlagos naquele domingão estralante.

Música: Solidão de Volta

Goela Abaixo – Liniker e os Caramelows

A sofisticação sonora de Liniker e os Caramelows é de se invejar. É daqueles grupos que a gente mostra pros gringos quando queremos falar que temos riqueza musical. No “Goela Abaixo” tudo ta tão bem costurado: a Soul Music, as baladas, a musicalidade brasileira é bem articulada.
É tão gostoso ouvir as construções que a banda inteira costura minuciosamente nas suas camadas sonoras. É realmente um trabalho em conjunto e não só carreira solo de Liniker. Simplesmente incrível!

Música: Calmô

Paraíso Portátil – Selvagens a Procura de Lei

O Rock Brasileiro que tem a cara de Mutantes, Cazuza e agora de Selvagens a Procura de Lei ta explícito aqui. Quer referência de tropicalismo? Temos! Quer referência de MPB? Temos! Quer referência de Rock Clássico? Temos pra c*ralho! Eu simplesmente amo essa banda, seus sotaques cearenses e Paraíso Portátil é um p*ta álbum. Nada mais a declarar meritíssimo.

Música: Sede ao Pote

Sua Alegria foi Cancelada – Fresno

Mais um álbum que fala diretamente com a geração millenium. Álbum forte (como todos da Fresno) que cada vez mais foge daquela imagem de banda emo 2008 do Redenção (Saáudaádyy daa faasée emuuxxúÚ). Uma das gratas surpresas do Rock Nacional, com referências bem atuais, não esquecendo daquele Muse, 30 Seconds to Mars sempre presente nas influências hehe (só flagrar os agudos). Fala sobre depressão, ansiedade, empatia e superação de uma forma única. Vale a pena a audição.

Música: Sua Alegria Foi Cancelada

Fear Inoculum Tool

Outra banda que ressurgiu das cinzas e lançou um p*ta álbum. Músicas progressivas que já nasceram clássicas. Muito virtuosismo no baixo e na batera. Pra quem não conhece é uma viagem sonora. É uma das poucas bandas que não consigo comparar com nada, é sentar e ouvir. E o Fear Inoculum é ótimo pra isso.

Música: Fear Inoculum (confesso que coloquei essa música pra rolar e quase ouvi o disco inteiro na sequência, bom pra c*ralho mesmo)

ZUU – Denzel Curry

Mano, Denzel Curry é trap e o resto é resto. Simples assim. Peço que preste a atenção nos samples pra começar entender sua intenção no álbum ZUU. Musicalidade acima do normal de toda a cena gringa de hip-hop. Flow embaçado, levada envolvente e personalidade forte. Um dos grandes nomes dos últimos tempos no segmento.

Música: Birdz

American Football (2019) – American Football

Disco novo da banda de math rock/emo 90/sei-lá-qual-rótulo-a-galera inventa-pros-caras. Tinha apenas um álbum em 1999 que influenciou muita banda boa. Fiquei até surpreso quando descobri que a banda estava na ativa e lançando música nova. Veio com uma pegada meio Coldplay nesse lançamento (pois é, bizarro). Não é tão conhecido pela grande massa (mas tem 16 milhões de visualizações no Spotify e isso é surpreendente pra uma banda mega underground).

Música: Unconfortably Numb com participação da Hayley Williams (????)

IGOR – Tyler, the Creator

Um dos maiores nomes do hip-hop da nova safra, desde o album Wolf (2013) vem sendo destaque. Abraçou o R&B com força nesse full chamado”IGOR”. Bela sonoridade e grandes nuances. Levemente dançante. Me agrada bastante tudo que o Tyler the Creator fez e continua fazendo.

Música: Earfquake

Age of Unreason – Bad Religion

A máquina de fazer hits e críticas comportamentais. Greg Griffin e sua trupe continuam criando belas melodias, ótimos riffs e lançando bons albuns. Age of Unreason é apenas mais um na coleção da lendária banda punk californiana.
Realmente é um mais do mesmo se tratando de Bad Religion. Mas eles não erram a mão.

Música: My Sanity

Contrariedade – O Inimigo

Uma das bandas subestimadas dentro do Hardcore Punk nacional. Com nomes conhecidos como de Juninho (Ratos de Porão) e Fernando Sanches (CPM 22 e ex-Hateen) nas guitarras, vem com riffs diferenciados, levadas cruas e uma construção simples com letras de ordem, daquelas que gritamos a plenos pulmões nos shows. Confesso que amo essa urgência no vocal.

Música: Câncer na Terra

SOS – Millencolin

A banda que tem sua obra prima fazendo 20 anos em 2020, o famoso Pennybridge Pioneers lança um ano antes um álbum icônico. SOS tem o melhor da banda sueca que fez fama com seu hardcore melódico e trilha sonora de rolês de skates. Tem diversos hinos que devem ser aproveitados para futuras turnês. Vigor em cada riff, banda coesa e mostrando que ainda tem muita lenha pra queimar

Música: SOS

Bom, é isso galerinha. Tentei resumir ao máximo o que de melhor teve na música em 2019, lembrando que listas são sempre mega pessoais, mas achei necessário ser o mais eclético possível para englobar os grandes lançamentos e o que passou batido (mas que tem seu valor!)

Provavelmente terá outras listas Rubens Barrichello com temas fora do prazo hahaha mas espero que leiam com muito carinho.

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Curtiram esse tipo de lista? Fala pra gente, seu feedback ajuda muito nosso trabalho. Um beijo pra todos que leram até aqui!

 

Ulisses Avelino
Músico, Compositor, Historiador e Crítico nas horas vagas.

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